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domingo, 7 de novembro de 2010

Poema Antigo

Postando hj um poema antigo pacas, acho que vou postar um pouco da inha produção mais velhinha. São poemas obscuros e amarguentos também, mas alguns são bem ... diferentes.

Indigestão


O porque da divisão
Que se faz contrária – necessária
À vida em oposição
Dependência louca
Que arranca
Pedaços de alma
Pela boca
E dói, mais que a solidão.
O porque de tudo
O que não sei e não conheço
O porque das coisas terem fim
Sem ter começo
A doçura e a cor da escravidão
São as linhas borradas de olvido
Dos escritos que nunca são lidos
O amarelado da minha certidão
São os anos que escorrem dos dedos
Meus poemas sem tema de enredo
O porque de eu nunca dizer não
O vazio em vidraças fechadas,
Os acordes que vêm do silêncio
Nas batidas do meu coração.

Um comentário:

Anônimo disse...

feridas abertas,
até a brisa dói,
mas é preciso dançar pelos opostos
para transpor a dor!